Wednesday, April 26, 2006

Avançar

E cá vou eu, tentando avançar na vida e afastada do mundo dos blogues.... A passo de caracol, é verdade (gostam da foto? apanhei um caracol no quintal e andei a experimentar tirar lhe fotos em várias perspectivas, incluindo no sofa para o telemóvel). Alem da fotografia continuo a cantar com a orquestra e amanhã já vamos actuar.

Já mandei ao meu orientador de mestrado algo escrito sobre a arquitectura emocional, estou em pulgas a espera do que ele diga qualquer coisa. É claro que estou com receio de que ele acha que aquilo tudo não presta, mas... tenho que ter esperança. Falta muito pouco tempo (diga-se 4 meses) até a entrega da tese e eu ainda não tenho nada feito, excepto umas quantas ideias e estratégias... Não chega, eu sei, mas é sempre algo por onde se pode avançar, pior é não ter ideias nenhumas... Andei 1 mes a recuperar dos últimos acontecimentos e não conseguia fazer nada: nem trabalhar, nem estudar... Agora estou melhor, pelo menos já consigo expressar as ideias no papel, ler um artigo e perceber de que fala e olhar para o código percebendo o que faz...

Como disse um amigo meu, quando eu conseguir ter confiança em mim própria vou conseguir fazer qualquer coisa (era isto, caro JMIR?). É verdade, mas para ter confiança temos que ver os resultados positivos do nosso trabalho, e é nisto que estou trabalhar agora. Quando ver que as coisas que faço estão a funcionar, começo a ter confiança:) Mas também como disse outra amiga minha, quando eu começo a trabalhar a sério, pareço uma locomotiva: acelero e não consigo parar:) Por isso estou ansiosa por este momento chegar.

E dito isto... Vou estudar... Tento actualizar o blog com mais frequência, embora estou mais empenhada no outro espaço que tenho dedicado a fotografia e é lá que publico e comento mais vezes. Mas é aqui que tem sido o meu espaço de reflexão e "ponto de situação", por isso...

Abraço:)

Monday, April 10, 2006

My World


Este tem sido o meu mundo onde tenho tentado dar a volta aos últimos acontecimentos... Eu, a maquina fotográfica e o tripé... Uma combinação infalível quando se trata de curar os "desamores" e depressões. Esta foto foi tirada ontem na praia da Barra:)

Monday, April 03, 2006

O efeito do halo...

A fragil fronteira entre a realidade e o que nós achamos dela pode durar anos, e nunca quebrar. É preciso uma força maior para nós fazer afastar a cortina das nossas ilusões e VER. Não é ver aquilo que queremos ver, mas ver o que está acontecer realmente.

Tal como as pessoas que idealizamos... As vezes queremos tanto ver algumas pessoas perfeitas, que criamos o halo delas! Eu vivi meses, não, anos(!), acreditando no halo que eu própria criei a volta de certas pessoas com quem tinha que conviver diariamente. O halo este que incluia valores sólidos, cumprimento de normas morais, confiança, inteligencia e autenticidade.

Não foi num dia que este halo foi destruido... primeiro foi a confiança, e esta foi a mais dolorosa de todas as destruições... Eu ainda lutei para manter a cortina da ilusão a frente dos olhos, e senti o esforço do lado oposto para me fazerem ver que ainda posso confiar, mas não... Quando não existe, e uma vez instalada a dúvida, nada podemos fazer para recriar a cortina da ilusão...

Depois da confiança foi a mentalidade... Eu, de repente, percebi que todas as falhas que senti ao longo dos tempos e que desculpei, não eram falhas ao acaso, apenas se deviam a uma falta de flexibilidade mental e capacidade de adaptação e aceitação de novos desafios tão grande, que nada a podia corrigir! E quando percebi isto, foi fácil perceber todo o resto... tal como a falta de autenticidade, de respeito pelo próximo, de inteligencia, de dignidade... E isto tudo, unido a um desejo de fazer os outros acreditarem que somos melhores que aquilo que somos realmente, cria ainda mais limitações e bloqueia o cerebro. Mentalmente cegos e convencidos da sua grandeza, as pessoas não são capazes de evoluir... E eu criei um halo e idealisei estas pessoas...

É claro que em grande parte a falha logo a partida foi minha, era me mais fácil viver iludida e mesmo que no subconsciente achava certas coisas absurdas, continuava aceita-las e desculpa-las. Algumas não deviam ter sido desculpadas, porque feriam-me profundamente, mas eu, as vezes chorando, continuava a inventar desculpas estúpidas, só para não abalar este castelo ilusório que eu própria criei... Agora posso dizer: vivi este tempo todo em Realidade Virtual. É o nome mais correcto que se lhe pode chamar.

Houve coisas que aprendi, outras que talvez volte a errar... houve feridas que vão ser difíceis de sarar, houve danos permanentes... Dizer que para próxima não volto encarar as pessoas com coração aberto? Seria mentira... eu não sei fingir. Quando gosto de alguem, entrego o meu coração todo, não sei dar uma parte agora, outra amanha, depois não dar nada, depois fazer um jogo político e negociar... Quando descubro que confiei na pessoa errada, ou choro, ou luto. Já chorei demais, agora vou lutar...
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